Diabético pode comer uva?

A uva é uma das frutas mais conhecidas e consumidas mundialmente, devido ao seu sabor, textura, aroma, variedade e facilidade para consumo. Ela também é rica em nutrientes e seu consumo traz uma série de benefícios para a saúde, incluindo uma grande quantidade de antioxidantes. Neste artigo, vamos responder à dúvida comum de muitas pessoas: será que diabético pode comer uva?

Diabético pode comer uva

Tabelas nutricionais dos diferentes tipos de Uva

A uva é uma fruta que apresenta muitas variedades. Com isso, seus valores nutricionais também mudam, de acordo com o tipo de uva. Confira abaixo uma tabela nutricional com valores aproximados das principais qualidades da fruta encontradas no mercado.

Uva Rubi (quantidade por porção: 100 gramas)% VD*
Valor energético (calorias)50 kcal 2
Carboidratos12,7 g4
Proteínas0,6 g1
Gorduras totais0,2 g1
Fibra alimentar0,9 g4
Cálcio7,6 mg1
Vitamina C1,9 mg4
Manganês0,1 mg4
Magnésio5,8 mg2
Fósforo22,8 mg3
Ferro0,2 mg1
Potássio160 mg
Cobre0,1 microg
Sódio7,9 mg0
Uva Itália (quantidade por porção: 100 gramas)% VD*
Valor energético (calorias)53 kcal2,65%
Carboidratos13,6 g4,5%
Proteínas0,7 g0,9%
Gorduras totais0,2 g0,4%
Fibra alimentar0,9 g3,6%
Sódio0 mg0

* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 Kcal ou 8.400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades.

Uvas e Diabetes

Por conter um baixo Índice Glicêmico (GI) e Carga Glicêmica (CG), a uva é uma fruta bastante apropriada para ser incluída em uma dieta para portadores de Diabetes. As uvas também contêm uma grande quantidade de fitoquímicos com boa atividade antioxidante e antiinflamatória.

Alguns estudos também têm mostrado que as propriedades antiinflamatórias de alguns componentes das uvas, pode diminuir os efeitos inflamatórios de algumas complicações da diabetes, como a doença cardiovascular.

As substâncias conhecidas como procianidinas, extraídos das sementes das uvas, têm um efeito similar à insulina, auxiliando na redução da hiperglicemia em estudos com ratos.

Já as proantocianidinas, potentes antioxidantes, reduzem os níveis de peroxidação lipídica e aumenta os níveis de glutationa no pâncreas, contribuindo para a saúde deste órgão, o produtor da insulina e de outros hormônios importantes envolvidos no controle da glicemia.

Já o resveratrol, produzido pela pele das uvas, tem ação anti-hiperglicêmica e anti-lipidêmica. A adição de resveratrol na dieta aumenta a sensibilidade à insulina, reduz a formação de esteatose hepática (gordura no fígado), aumenta o número de mitocôndrias no fígado e aumenta o tempo de vida em estudos com ratos. O resveratrol também parece contribuir com a prevenção da obesidade induzida pela dieta, e reduz a resistência à insulina no tecido muscular.

Portanto, diabético pode consumir uva em sua dieta, desde que com moderação!

Clínico geral, formado pela PUC-PR, com experiência no tratamento de pacientes com doenças crônicas como Diabetes e Hipertensão. Residente do primeiro ano de Oftalmologia no Hospital de Olhos de Sorocaba (HOS). Co-fundador da startup MedSimples de Medicina & Saúde. Desenvolvedor web, especialista em SEO e redator de artigos voltados à educação em saúde para o público leigo há mais de 8 anos.